Com pesar vago pelo silencioso cemitério,
A boca num esgar, e a terrível fome consumindo meus sôfregos sentidos,
Quando, num gesto completamente desesperado e aflito,
Profano a pequena sepultura em busca de alimento...
Com macabra e funesta alegria retiro o pequeno cadáver
De seu leito de sono eterno...
Sinto o acre cheiro que inunda o ambiente
Tornando ainda mais mórbido o prazer do deleite inominável...
Com o falo endurecido tal e qual a mais dura das pedras,
Penetro o pequeno orifício e acaricio a carne apodrecida...
Enormes ondas de prazer percorrem meu corpo num êxtase ensandecido,
E, como fera indomada aumento o ritmo das estocadas...
Com violento tremor, o gozo jorra em fortes ondas, e junto com ele
O viscoso, quente e amargo produto da minha náusea incontrolável,
Deixando assim, meu pequeno corpo amante despedaçado,
Ainda mais apetitoso para o lúgubre ato final:
Cada pedaço ínfimo de carne ali, marcada,
Pelo meu jorro e pelas minhas golfadas,
São saboreados como iguaria nunca dantes encontrada,
Saciando, assim, a doentia e pungente fome abominável,
Que transforma meu corpo, minha mente e meus sentidos enlouquecidos,
Em uma máquina irrefreável de prazeres pervertidos...
FST - 29/10/07 - 11:00h