terça-feira, 3 de abril de 2007

Necroprostíbulo

Aproximem-se caros Senhores!
E conheçam o mais ignóbil Templo do Prazer,
Trago aqui, para saciar vossa débil vontade,
Carne morta e apodrecida,
De criaturas, que nesta mísera vida,
Tiveram as mais diversas idades e ocupações:
Há prostitutas, que para mais de mil foram vendidas,
E crianças puras ainda, que se foram deste mundo intocadas,
Há jovens, homens fartos e uma velha torta,
Tenho padres, tenho freiras e toda sorte de carolas...
Façam suas ofertas, e provem delícias sem igual,
Sintam o cheiro purulento das feridas e dos dejetos,
Vejam os vermes que rastejam pelos leitos
E os corpos pestilentos onde pousam os insetos...
Aproveitem este Necroprostíbulo até se fartarem,
Da abundância por mim oferecida,
Dominem, espanquem e gozem
Sobre este amontoado de carne endurecida,
Deleitem-se senhores clientes! Estejam sempre à vontade!
E voltem sempre que desejarem,
Para saciarem vossa insana e grotesca leviandade

FST